Manutenção do imóvel começa na limpeza do pós-obra

A obra está pronta, mas para liberá-la para os futuros moradores é preciso que a limpeza pós-obra seja realizada. O procedimento correto abre caminho para que o ciclo de vida da construção comece dentro dos padrões definidos pela boa engenharia. Resíduos de argamassa na parede ou restos de cimento no contra piso podem, por exemplo, comprometer pinturas ou a colocação de pisos de madeira, cerâmicas ou porcelanatos.

Há casos também em que defeitos na obra são identificados somente depois da limpeza integral. “Não é incomum detectar problemas durante a limpeza pós-obra. Após a remoção de poeiras e entulhos alguns defeitos podem aparecer. Por isso, durante a operação, mantemos um supervisor operacional em período integral coordenando e direcionando o trabalho da equipe. Ele é treinado com noções de construção civil e orientado a relatar os defeitos ao engenheiro responsável”.


Limpeza pós-obra exige equipamentos específicos e mão de obra qualificada

A ABNT NBR 15575: 2013 – Edificações habitacionais – Desempenho – também mudou os procedimentos na limpeza pós-obra. As empresas contratadas são estimuladas pelas construtoras a detectar problemas, principalmente em paredes, pisos e janelas, que estão diretamente ligados aos desempenhos térmico e acústico. Além disso, passaram a continuar na obra, mesmo quando os moradores já estão habitando as unidades. O objetivo das construtoras é usá-las para orientar os moradores a realizar a manutenção correta dos imóveis – um dos itens da norma técnica. “Isso abriu outro nicho de trabalho para quem realiza limpeza pós-obra”, finaliza a especialista.